22 junho, 2006

Você faz análise?


Eu faço, e foi uma das melhores decisões que eu ja tomei por mim mesmo. Ninguém me mandou, me obrigou, aconselhou, eu quis mesmo, sempre quis e resolvi tomar a atitude de fazer.

Sempre me perguntava qual era a diferença entre conversar 1 hora com uma psicóloga 1 vez por semana e conversar com grandes amigos que sabem tudo sobre a minha vida, que gostam de mim e que por esse fator, saberiam me escutar e aconselhar melhor que uma desconhecida.

A diferença está no fato de que não precisamos de conselhos, de que a maioria das respostas está dentro de nós mesmos, e durante a sessão de análise, você fala, fala e fala até não poder mais e ao escutar sua voz em alto e bom som, você se percebe refletindo sobre a vida, sobre seus medos, suas limitações e também suas qualidades, aquilo que você quer suprimir ou reforçar na sua personalidade.

Você percebe que tem total domínio sobre sua vida, e que só você pode mudá-la, pode escolher os caminhos que quer seguir, pode escolher entre ser triste, melancólico ou ver a vida sob um prisma mais otimista e confiar no poder que você tem sobre ela.

Além disso, na análise descobri que preciso pensar mais em mim e que não dá para proteger todos os que você gosta, as pessoas tem que cometer seus erros e aprender a sair deles sozinhos, claro que uma ajuda é sempre bem vinda, mas só sai do buraco quem quer, quem toma essa decisão dentro de si.

Recebi uma carta esses dias, uma carta super diferente, cheia de conceitos aos quais não estou muito acostumado, mas que sempre sonhei em seguir, já li e reli diversas vezes e cada vez que leio, vejo o quanto eu quero uma vida mais simples, menos cheia de cobranças, de problemas pequenos. Percebi que não quero muletas na minha vida e sim pessoas que caminhem lado a lado comigo, enfrentando as coisas juntos e no máximo nos fazendo perceber que somos capazes de resolver nossos próprios problemas, sem dar o peixe, no máximo ensinando a pescar.

É uma decisão difícil tomar as rédeas da sua vida, mas fazendo isso você vai perceber que não há nada que possa fazer você parar.

O bom é lembrar que um dia eu já fui assim, e que me desacreditei durante um tempo, mas que agora sei que tenho total condição de voltar a ser quem eu era, e melhorar muito graças às dificuldades enfrentadas.

Esse post ficou muito muito muito pessoal e talvez pouquissimas pessoas entendam, mas afinal esse blog é meu e eu gosto de vir aqui e escrever, nem que seja só prá mim mesmo.

Desejo que todos consigam descobrir sua força interior e se livrem das muletas que ao contrário do que parece, não os ajudam a caminhar, apenas os impedem de correr por essa vida afora realizando seus sonhos.

inté.

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